Olá, meus caros amigos.
***Antes de mais, um recado: de alguma maneira, esse post é uma continuação do post anterior. Então convido-o a dar uma olhada no mencionado post, caso se interesse e ainda não o tenha visto, antes de ler este. Assim, as idéias podem parecer menos obtusas.
Resolvi fazer um novo tópico pra repercutir as questões colocadas por vocês sobre Copa do Mundo, Espiritismo e alhures, do tópico anterior, porque o assunto é interessante demais e vai ficar mais bem colocado assim do que apenas em resposta aos comentários.
Aliás, tomando por base as coisas que foram ditas, fico ao menos aliviado por saber que, caso tudo o que dissemos seja pura viagem, não é viagem de um só! Já temos um começo...
O Roney lembrou um episódio muito interessante sobre o desencarne do Chico, quando ele já havia "anunciado" que sua morte se daria num dia de grande alegria dos brasileiros. E essa situação é daquelas que nos remetem à inquietação de compreender exatamente até onde vai o nosso livre arbítrio...
Mas pensando no esporte de maneira geral, fico pensando: o que leva determinadas pessoas a terem um enorme sucesso nesse campo? E as repercussões que isso traz para as pessoas que estão ao redor?
Vejamos o Ayrton Senna. Quem vai dizer que esse espírito reencarnou sem um propósito específico, voltado para as coisas que realizou? Independentemente das conquistas esportivas, consideradas em si mesmas, mas pensando do ponto de vista dos sentimentos e valores fixados pelos acontecimentos na individualidade das pessoas, penso que podemos inferir a existência de algo bem relevante norteando tais acontecimentos.
Afinal, porque é que certos desportistas, músicos, artisas, políticos, etc possuem tamanho carisma? O que os destaca e os diferencia? Por que se destacam e se diferenciam? E isso será mero acaso?
Penso que não. E acho que a cada um compete utilizar o seu magnetismo de maneira favorável, sendo que podemos observar ótimos exemplos de pessoas que conseguem fazer isso, que espeham virtude em suas vidas pessoais, a par do sucesso específico das carreiras em que se encontram.
Mas eu queria trazer à tona mais um exemplo que envolve nações e futebol. É um exemplo até óbvio, sobre a guerra das Malvinas, que contrapôs Argentina e Reino Unido, no começo da década de 1980.
Em disputa estava um território insular cuja localização georgráfica indicava o natural domínio da Aregntina. Mas o Reino Unido, com seu poderio militar superior, subjugou as forças argentinas, derrotando o país sul-americano e conservando seu domínio nas ilhas Malvinas, que dura até hoje.
Isso foi em 1982. E o que aconteceu na Copa de 1986? Argentina e Inglaterra se enfrentaram pelas quartas-de-final da Copa do Mundo. De todos os confrontos dessa fase, esse foi o único decidido no tempo normal, sem disputa de penaltis.
E o gol que classificou a Argentina foi feito por Maradona, porém com um toque de mão (quem se embra dessa cena?). É o episódio que ficou mundialmente conhecido como "La Mano de Dios".
Uma flagrante "injustiça futebolística" que parece não ter soado como tal pra muita gente, pois o episódio "lavou a alma" não só dos argentinos, mas também de pessoas que consideravam injusto o desfecho da Guerra das Malvinas.
A propósito, após essa etapa a Argentina sagrou-se bi-campeã mundial de futebol. E, pensando mais além, o que o Maradona representa para o povo argentino? Podemos considerar várias de suas posturas inadequadas, mas ele indiscutivelmente possui uma relação com aquele povo que excede em muito aos seus feitos no futebol, e o magnetismo ali estabelecido deve dizer algo muito relevante sobre o passado daquela coletividade e, provavelmente, também sobre o seu futuro.
Enfim, eis aí mais uma possível página escrita na história que pode (e deve) ser lida também com base na consciência que temos da Lei de Causa e Efeito.
E nós, quando conseguiremos fazer com que a nossa visão da vida encare todos os episódios, automaticamente, como eventos que possuem muitos aspectos alheios ao que está registrado na história e ao que é decidido e resolvido no mundo dos encarnados?
E além dos grandes fatos da história, quando teremos essa consciência sobre os acontecimentos das nossas próprias vidas?
3 comentários:
Muito interessante todas as suas considerações sobre futebol e a lei de causa e efeito.
Parabéns pelo seu trabalho de trazer o espiritismo para a realidade. São textos como os seus que ajudam a clarear questões sobre o nosso cotidiano e a influência que o mundo espiritual exerce sobre nós.
Achei muito interessante a relação sobre o magnetismo espiritual que uma pessoa, ou um time, pode exercer em relação a sua pátria.
Inclusive, eu lembro vivamente do penta e que, apesar de eu não ter muitos "dotes" mediúnicos, eu senti (e lembro como se fosse hoje) uma felicidade tangível em todo o ambiente. Era como se a alegria viesse do alto e fosse compartilhada por absolutamente todas as pessoas do país.
Enfim, acho que me deixei levar por memórias felizes...
Que a copa continue servindo como um fator unificador do nosso país!!
Abraço.
nossa que viagem!!!
isso não quer dizer que algum sentido não possa ser extraído...rs
penso que o futebol no mundo pós-moderno que nos encontramos preenche vazios deixados pela desestabilização dos estados nacionais e das religiões em todo mundo..o mundo relativo não se aplica ao futebol... ou vc é galo ou é cruzeiro, ou é brasil ou é argentina, ou é alemanha ou é holanda...
o futebol ainda é um dos poucos lugares que o absoluto tem " livre permissão" pra se manifestar na sociedade..
creio então que as pessoas "energizem" as partidas carregando consigo todo um insconsciente reencarnatório que é resignificado no esporte...
de certa forma, então, pode-se pensar em uma influencia do tipo causa e efeito nessas relações apesar que buscar quantificar isso seja um exercicio mental e tanto!
a não ser é claro em ser atleticano que como bem sabemos é, sem dúvida, um processo cármico que aproxima de deus pelo resgate a partir do sofrimento!
cada dia mais entendo porque esse blog chama "viajante"!!! kkkk muito bom esse post...rs
Oi, Carol.
Obrigado pela gentileza. Acho que é sempr euma boa a gente tentar enxergar o mundo com os olhos do conhecimento que temos, e vc fez isso muito bem ao identificar que em 2002 vivemos uma atmosfera extremamente favorável, quando o Brasil foi campeão. Eu me lembro bem, também...
E, Vini, nessa nave viajamos todos... está com a sua mochila? Então vamos continuar, quem sabe em breve via podcast!
Abraços, amigos, e boa semana!
Postar um comentário