quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Vegetarianismo

Bom, eu não sou vegetariano. Ao contrário, confesso o quanto o Bacon e seu cheirinho me deixam "salivando".

Mas parece que a tendência mesmo é a de nos tornarmos todos vegetarianos um dia: seja pelas inúmeras explicações de ordem espiritual que já temos, seja pela motivação científica abaixo explicitada numa reportagem da agência de notícias AFP:


Terra é incapaz de acompanhar ritmo atual de consumo de carnes e pescado

No topo absoluto da cadeia alimentar, os seres humanos se dão ao luxo de comer de tudo, mas a um preço elevado: a pesca massiva está levando as espécies marinhas à extinção, e a piscicultura polui a água, o solo e a atmosfera - o que precisa fazer com que mudemos de hábitos.

Alimentar a humanidade - nove bilhões de indivíduos até 2050, segundo as previsões da ONU - exigirá uma adaptação de nosso comportamento, sobretudo nos países mais ricos, que precisarão ajudar os países em desenvolvimento.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), publicado nesta quinta-feira, a produção mundial de carne deverá dobrar para atender à demanda mundial, chegando a 463 milhões de toneladas por ano.

Um chinês que consumia 13,7 kg de carne em 1980, por exemplo, hoje come em média 59,5 kg por ano. Nos países desenvolvidos, o consumo chega a 80 kg per capita.

"O problema é como impedir que isso aconteça. Quando a renda aumenta, o consumo de produtos lácteos e bovinos segue o mesmo caminho: não há exemplo em contrário no mundo", destacou Hervé Guyomard, diretor científico em Agricultura do Instituto Nacional de Pesquisa Agrônoma da França (INRA).

Atualmente, a agricultura produz 4.600 quilocalorias por dia e por habitante, o suficiente para alimentar seis bilhões de indivíduos.

Deste total, no entanto, 800 se perdem no campo (pragas, insetos, armazenamento), 1.500 são dedicadas à alimentação dos animais - que só restituem em média 500 calorias na mesa - e 800 são desperdiçadas nos países desenvolvidos.

Por outro lado, o gado custa caro ao meio ambiente: 8% do consumo de água, 18% das emissões de gases causadores do efeito estufa (mais que os transportes) e 37% do metano emitido pelas atividades humanas.

E, mesmo que seja fonte essencial de proteínas, a carne bovina não é "rentável" do ponto de vista alimentar: "são necessárias três calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de ave, sete para uma caloria de porco e nove para uma caloria bovina", explicou Guyomard.

Desta maneira, mais de um terço (37%) da produção mundial de cereais serve para alimentar o gado - 56% nos países ricos - segundo o World Ressources Institute.

Seria o caso, então, de reduzir o consumo de carne e substitui-lo pelo peixe?

Os oceanos não podem ser considerados uma despensa inesgotável, estimou Philippe Cury, diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD).

O número de pescadores é duas a três vezes superior à capacidade de reconstituição das espécies.

No atual ritmo, a totalidade das espécies comerciais haverá desaparecido em 2050.

Link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2010/02/23/terra-e-incapaz-de-acompanhar-ritmo-atual-de-consumo-de-carnes-e-pescado.jhtm

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Música, afinal...

Bom, nesse blog pode se refletir sobre tudo.

Mas a música é, sem dúvida, nosso assunto principal, e sobre o qual temos tudo a tentar entender.

Conversando esses dias com o maurício Keller, amigo de Goiás e do GAN, sintetizei mais ou menos aquilo que pra mim parece resumir os dois atributos básicos da música que é útil pra gente, útil pro nosso meio.

O primeiro atributo é uma boa mensagem. Não me parece necessário abordar abertamente os temas espíritas. Mas se estivermos falando de uma mensagem de bem, de otimismo, de amor, de amize e/ou de uma mensagem evangélica etc etc, esse primeiro objetivo estará cumprido.

O segundo atributo é, pra usar uma expressão da moda, ter "vibe". A música precisa dizer algo em sua harmonia, em sua vibração, em seu sentimento. É aquela coisa que te faz sentir antes mesmo de pensar ou refletir na mensagem trazida.

É claro que isso vai variar de gosto pra gosto. Uns vão se identificar mais com certas canções, outros com outras. Normal.

Mas me parece legal ter esse norte em mente, até quando selecionamos canções pra cantar no cotidiano das nossas Casas Espíritas, por exemplo.

E com isso não estou nem querendo entrar na questão sobre o que é ou não é música espírita, se é que existe um traço que a diferencia. Essa discussão é pra lá de complexa.

O friso desse post é apenas pra dizer que, de uma maneira ou de outra, a música me parece precisar ter mensagem e vibração. Isso pode parece óbvio, como é. Mas é que colocar isso de uma maneira simples tem um ótimo efeito pedagógico com a gente mesmo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sobre o BBB

Já faz 10 anos que é mais ou menos assim: janeiro começa e, junto com ele, se inicia uma onda de críticas quase unânimes ao famoso - e famigerado - "Big Brother Brasil".

Os achaques mais comuns são os de que o programa é pobre em cultura, fútil, que há coisa melhor pra se fazer. E tanta gente "malha" o BBB que eu fico pensando quem é que assiste, então.

Talvez exista verdade nessa percepção de que investir o tempo no BBB não é das tarefas mais edificantes.

Mas acho interessante que essa reflexão muitas vezes é repercutida sem muio cuidado. Quer dizer, às vezes, pode ser perigoso que um palestrante em uma reunião pública de uma Casa Espírita, por exemplo, emita sua opinião sobre ser o BBB algo fútil, quando pode haver na platéia alguém para quem esse programa seja a maior "companhia" de todas as noites. Quem sabe quais são as necessidades de cada um?

Além disso, quando algo é considerado absoluto - absolutamente bom ou ruim - podemos desconfiar. Nosso mundo não costuma ter nada revestido de atributos absolutos. E para ilustrar dou dois exemplos em que o BBB me parece poder ser uma coisa boa. Vejamos.

Imagine uma família em que pais e filhos nem se falem. No máximo se cruzam dentro de casa. Aí, de repente, surge o interesse comum no BBB e eles passam a assistir o programa juntos, conversar sobre o assunto, nem que seja pra compartilhar simpatia ou antipatia por algum participante. O BBB vai acabar, mas às vezes serviu de mecanismo de aproximação de uma família.

Outra situação: um jovem tem péssimas companhias e costuma ficar com essa turma na rua, noite afora. Mas, para ter assunto no dia seguinte na escola, entra pra casa mais cedo para ver o programa. Ele pode ter deixado de conviver num ambiente de tráfico, por exemplo.

E quem dirá que nesses casos o BBB foi ruim?

E não é só. Dei dois exemplos extremos, mas imagine quais outras conclusões salutares podem resultar da experiência. Afinal, o que haverá no mundo totalmente incapaz de render seus frutos a pelo menos algumas pessoas? Se está no mundo, Deus permitiu, e se assim foi, alguma utilidade há.

Por isso, o que parece mais importante não é o que está no mundo, mas o uso se que se faz disso, cada um em suas necessidades. O BBB irrita muita gente, talvez por ser um espelho sincero demais sobre a futilidade em que frequentemente está imersa a nossa própria vida.

Mas, enfim, a reflexão sugerida, nesses dias de "quase unanimidade pseudo-cultural" de que o BBB é fútil e deve ser extirpado da rotina dos "homens de bem", é de que essa conclusão pode não ser totalmente verdadeira para todos e, ademais, cuidado e empatia pelas escolhas dos semelhantes pode requerer não maldizer suas opções sinceras. É legal indicar a reflexão, sugerir o senso crítico, mas a tarefa exige o maior cuidado, sobretudo se estivermos diante de desconhecidos.

No mais, para quem bate na tecla da pouca cultura do BBB, vale dizer que talvez quem o vê busque apenas entretenimento, e não cultura. São coisas diferentes. E coisas necessárias, sobretudo enquanto não conseguimos fazer da educação e do aprendizado um entretenimento suficiente.

A evolução não dá saltos. E não há no mundo nada que não resulte da sintonia do que somos por dentro, coletivamente (se o BBB existe, faz sentido pra muita gente). Se percebemos os problemas de uma determinada prática social, podemos nos corrigir aos poucos quanto a essas práticas, sempre evitando indicar ao próximo, com o dedo em riste, que as opções dele sejam algo inútil e reprovável.

Em tempo, eu costumo assistir o BBB. Curto ver a reprodução de comportamentos muito nossos de forma tão escancarada, e a experiência me serve até de terapia, quando vejo as consequencias que enfrentam os outros quando fazem coisas que eu também faço, na vida de relação.

Lá no BBB as pessoas erram. E será errado tentar aprender com os os erros dos outros pra tentar evitar mais muitos erros meus?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Turma da Mônica e Reencarnação

Muito interessante. São historinhas da turma da Mônica que tratam da reencarnação Para acessar:

www.monica.com.br/comics/reencarnacao/

Abraços...